30 dezembro, 2010

Amigos transformadores

Amigos,


Pretendia escrever uma mensagem de final de ano para todos, algo diferente do comum e tradicional “lugar comum”, diferente do “feliz 2011 e próspero ano novo”, ou pior, “que todos os sonhos se realizem” etc., como se o passar de um ponteiro de relógio pela meia-noite, com fuso alterado pelo horário de verão, pudesse modificar nossas vidas e realidades além da simples esperança, que sempre acompanhou a humanidade, mas nunca impediu barbaridades ou serviu de obstáculo às mazelas que nos segue como herança da espécie.


Queria mandar pra vocês uma mensagem de ano novo que engajasse todos na mesma direção, da paz, liberdade, justiça, solidariedade, um ano novo em que todos pudessem ter as mesmas oportunidades, nessa sociedade tão desigual.


Era minha vontade escrever que em 2011 não prosperassem os ideais autoritários nem seus lideres; que os Ahmadinejad , Fidel, Obama, Hu Jintao, libertassem seus presos ideológicos ou sem culpa formada; que no Brasil não mais grassassem as prisões cautelares e mesmo inconstitucionais; que a justiça deixasse de ser usada como “justiceira” ou instrumento dos poderosos no combate aos miseráveis.


Minhas palavras seriam dirigidas contra aqueles que usam do poder em favor pessoal ou de seus destacados amigos, por isso seria uma mensagem de um ano novo à insurreição, não de brindes sem propósitos, palavras ao vento e comemorações excludentes, não de falsas ilusões, mas de transformações.


Também pretendia chamá-los em mutirão para lutar pelo acesso a dignidade e a cidadania, não apenas nos nossos marcos de fronteiras, mas por todo o mundo e que esses conceitos fossem realmente aplicados, não somente nas redações de leis, tratados, doutrinas e jurisprudências, que servem sempre e somente aos que detém o poder na ocasião.


Eram grandes as vontades e desejos de final de ano, admito, inicialmente duvidei que o simples passar de um ponteiro de relógio pelo número doze teria o condão de transformar tantas coisa, mas logo me voltou a esperança, porque bem conheço a quem envio esses votos.


Sei que vocês partilham, cada um da sua maneira, dos mesmos ideais transformadores e da potencial força que pode surgir da nossa unidade de propósitos e ações, portanto, fico satisfeito em não desejar um simples e vazio “feliz ano novo”, vou desejar aos meus amigos um ano de felicidade conversora, de luta por direitos e, que 2011 seja o que marcará cada um de nós pelas ações realizadas, na criação de uma sociedade mais digna, justa, fraterna e livre.


Beijos e abraços para todos.


Ozéas