21 junho, 2015

Segurança e cidadania


Em nosso espaço, dedicado aos alunos, sempre tentamos demonstrar a importância da universidade e as contribuições que ela pode dar com vista as soluções de problemas que afligem a sociedade.

Desta forma sempre perguntamos: para que serve a academia? 

Para nós, de maneira objetiva, serve contribuir com ideias, estimular o debate e ajudar a sociedade a decidir seus caminhos.

Hoje no jornal O Fluminense demos uma contribuição sobre o tema segurança pública. 

A pergunta que estava em aberto para o debate era o próprio titulo da matéria, afinal, "ainda é possível 'virar o jogo"?

Aqui transcrevo minha participação e sugiro a leitura integral da matéria com os comentários dos demais convidados.

"Para o policial federal aposentado e doutor em Sociologia e Direito pela universidade Federal Fluminense (UFF), Ozéas Corrêa Lopes, não existe política de segurança a curto prazo. Para ele o cenário encontrado hoje em Niterói era previsto há pelo menos 20 anos e tudo que se fizer agora será paliativo. O especialista aponta medidas a curto, médio e longo prazo.

'Para começar, é importante intensificar a presença do Estado apostando no policiamento comunitário, investir em iluminação pública e ocupação com a Guarda Municipal dos espaços públicos (praças, praias, escolas etc.). Além disso ampliar o efetivo policial investigativo/pericial, no intuito de desbaratar qualquer tentativa de organização presente ou futura, além de investirmos na tecnologia para informações, como WhatsApp e disque-denúncia, ‘capilarizando’ o contato estado-cidadão com respostas rápidas às informações prestadas”, avalia Ozéas que ainda ressalta a importância de “investimentos massivos na educação em um trabalho a longo prazo e a desmilitarização da polícia a médio prazo”'

Sobre medidas a longo prazo, Ozéas é categórico ao dizer que é preciso investimentos massivos em programas sociais de inclusão (saúde, educação, moradia, trabalho, etc.). Um outro ponto levantado por ele – que diz ser a favor que a Guarda Municipal não se arme por incentivar a política de enfrentamento – é importante a delimitação de uma política de segurança pública elaborada a partir do diálogo com a sociedade.

'Diria que é preciso a alteração do modelo investigativo policial, com o fim do inquérito policial, a presidência da investigação pelo MP e a criação de juizados criminais de instrução, além da revisão da politica da derrotada guerra às drogas', argumenta o especialista."

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